Bati-me várias vezes com a minha oncologista sobre este tema: "Cada um de nós é um individuo único, porque é que os protocolos de quimioterapia são standard? Porque é que não é adaptado a cada pessoa? Como é que vocês sabem que isto me vai curar?"
"Não sabemos. Sabemos que a maioria dos tumores reage a este cocktail."
"Tenho mesmo de fazer isto?"
"Tem."
E eu murmurava:"Mas eu não sou standard... eu sou... diferente..."
Quando se inicia a quimioterapia dá-se mais um salto de fé. Acredita-se que aquilo pode dar certo. Avança-se para um tratamento que vai virar o nosso corpo e a nossa vida do avesso, sem certezas de que ele vai resultar mas, acreditanto que vai.
Pede-se a todos os santinhos disponíveis para que o cirurgião que nos operou tenha retirado o tumor e todas as metástases visiveis e invisiveis. Em grande parte dos cancros, a cirurgia é o passo mais importante; é muitas vezes a cura.
A quimioterapia actua como um preventivo de reocurrência da doença. Quando ficam metásteses, por muito pequenas que sejam, dependendo do tipo de cancro e dos quimicos que existem para as controlar, o fim pode ser só uma questão de tempo.
Uma vacina personalizada que se conjuga com imunoterapia vem abrir novos caminhos muito mais amplos. A cura para alguns já não vem a tempo mas, para outros está cada vez mais perto.
Vacina personalizada contra o cancro
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