Certa vez há uns bons anos atrás tive um acidente de carro. Um outro carro despistou-se, veio contra o meu e bateu num pneu traseiro, que rebentou. O meu carro fez piões lindos na faixa do meio da A2, com carros a passar dum lado e de outro. A cada carro se aproximava e passava por nós o meu corpo contraia-se e eu esperava pelo "bum" do impacto. "Vamos levar com outro carro em cima e vamos morrer aqui." Rezei. Fechava os olhos a cada carro que vinha em direcção a nós e rezava. Miraculosamente, a cada passagem dos outros carros, o nosso estava sempre na posição correcta na faixa de rodagem, ora virado para a frente, ora para trás. Os carros passavam e nós continuavamos a fazer piões. Quando o carro acabou de rodar ficou virado para Sul, na faixa do meio, como se nada se tivesse passado. Só um pneu rebentado acusava o acontecido.
No meio das peripécias da minha estadia nas urgências do HGO o ano passado, foi um bocadinho isso que se passou. De alguma forma, apesar dos "piões", estive sempre onde devia estar, rodeada das pessoas certas para resolverem o meu problema. Foi preciso confiar e entregar-lhes a minha vida. Essa foi a maior dificuldade que senti. Interiorizar isto "Vou ter de entregar a minha vida a estas pessoas que não conheço de lado nenhum e confiar que vão fazer o possível para eu ficar bem." Um gigantesco salto de fé. Confiei bem. Quando viram que precisavam de reforços chamaram um cirurgião que estava em casa, de folga. E ele, foi para o hospital tratar de mim. Querem melhor?
Lembro-me da anestesista me perguntar: "- Quer anestesia epidural ou geral? - Geral. Ponha-me a dormir." Pensava com os meus botões: "Se isto correr mal, se morrer, quero estar a dormir!" "- Ora, ora, afinal vêm as duas doutoras para a operar. Você é mesmo importante." Esbocei um sorriso e pensei: "- Vem as duas?! Bonito..." Adormeci a rezar: "Meu Deus entrego-me nas tuas mãos."
Hoje li num comentário do FB uma frase duma pessoa que não conheço e registei:" Anjos são isso mesmo, há aqueles que estão aqui e há aqueles que se servem dos que estão aqui." Meu querido anjo da guarda, desculpa a trabalheira! Mas olha, tens te safado bem!"
No meio das peripécias da minha estadia nas urgências do HGO o ano passado, foi um bocadinho isso que se passou. De alguma forma, apesar dos "piões", estive sempre onde devia estar, rodeada das pessoas certas para resolverem o meu problema. Foi preciso confiar e entregar-lhes a minha vida. Essa foi a maior dificuldade que senti. Interiorizar isto "Vou ter de entregar a minha vida a estas pessoas que não conheço de lado nenhum e confiar que vão fazer o possível para eu ficar bem." Um gigantesco salto de fé. Confiei bem. Quando viram que precisavam de reforços chamaram um cirurgião que estava em casa, de folga. E ele, foi para o hospital tratar de mim. Querem melhor?
Lembro-me da anestesista me perguntar: "- Quer anestesia epidural ou geral? - Geral. Ponha-me a dormir." Pensava com os meus botões: "Se isto correr mal, se morrer, quero estar a dormir!" "- Ora, ora, afinal vêm as duas doutoras para a operar. Você é mesmo importante." Esbocei um sorriso e pensei: "- Vem as duas?! Bonito..." Adormeci a rezar: "Meu Deus entrego-me nas tuas mãos."
Hoje li num comentário do FB uma frase duma pessoa que não conheço e registei:" Anjos são isso mesmo, há aqueles que estão aqui e há aqueles que se servem dos que estão aqui." Meu querido anjo da guarda, desculpa a trabalheira! Mas olha, tens te safado bem!"
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