sexta-feira, 14 de maio de 2010

Um segundo

É o tempo que demora a mudar a nossa vida. Um pequeno segundo. E 50 cm. Acho que deve ter sido essa a distância a que fiquei da porta do idiota que se atravessou à minha frente num cruzamento hoje de manhã. Quando passo naquela estrada tenho sempre a sensação que estou a jogar à roleta russa com a minha vida. Por isso vou com o dobro da atenção e à noite até acabo por fazer outro percurso; torna-se ainda mais perigoso pela falta de visibilidade e pelo meu cansaço. Diariamente há ali marcas de acidentes, e já lá passei com carros espatifados dum lado e de outro e ambulâncias a prestar socorro. Por ser no meio de uma recta a tendência é acelerarmos por ali fora e há sempre alguém que se cansa de esperar no cruzamento e avança.

E eu que hoje tinha tanto para fazer... preparar a reunião de quarta-feira no sítio onde já se fez o dinheiro deste País, actualmente na penúria, uma acção de charme para quinta-feira aos senhores que tomam conta da bela costa portuguesa e tanta coisa planeada para o fim-de-semana, e não planeada para a minha vida, tanta coisa que ainda não fiz e que quero fazer!...

Quando cheguei ao trabalho ainda ia a tremer. Viva o meu sexto-sentido, o sangue-frio, e o ABS do meu carro. Uffa!...

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